CAMINHO EM PONTO RETO
E aquele caminho
Havia ficado guardado,
No fundo do armário,
Triste...inacabado!
Passou um ano...dois,
Três..quatro
Então dele, ela se lembrou,
E novamente o recomeçou...
Era uma talagarça bege,
Bordada em ponto reto.
Trabalho delicado...
Belo, porém discreto.
Suas mãos ágeis,
Foram arremantando...
Escondendo as pontas,
Tudo logo ajeitando...
A linha era amarela,
Firme...forte e bela...
Formava estrelas bonitas,
Espalhadas como escritas...
Depois fez o crochê,
Nas duas pontas somente.
E em toda a lateral
Um barrado simplesmente.
Trabalhou até meia-noite
Então o trabalho acabou,
Nem se importou com o cansaço,
Quando o caminho terminou!