Autocrítica

Frequentemente me questiono,

Sobre a forma como me posiciono.

Talvez, exageradamente, particular!

Excessivamente peculiar...

Gostaria muito de ser mais comum.

De me identificar com qualquer um!

E que fosse espontâneo!

Incontestável e subcutâneo!

Do tipo inconfundível mesmo,

Para não dar margem a erro.

Mas, não sou!

Sinto-me progressivamente alienígena!

Talvez, o resquício de uma síndrome indígena...

Uma onda que, há muito, se alevantou,

Mas, não sabe onde vai quebrar.

Embora, com Itacaré não se canse de sonhar.

Gostaria de querer menos!

Adoraria sentir menos...

Sei que não é possível.

Estou cada vez mais sensível!

Claro, isso é incrível!

Creio mesmo que não poderia ser de outro jeito.

É o que veio gravado em meu peito.

Tinha que ser assim:

Fogueira ardendo até o fim!

Chamas altas!

Nem sempre calmas...

Essa pulsação,

Que flerta com alucinação!

Essa intensidade,

Que se confunde com insanidade!

Alguém tem notícias da serenidade?

Vim também, com uma sensibilidade,

Que venho tentando tornar em minha maior habilidade.

É o meu elemento.

A fonte primordial do meu argumento.

O abraço

Do espaço!

Talvez, a única glória

Dessa menos gigantesca,

Que quixotesca,

História!

Esse é o Vídeo da canção que mudou minha vida.

Apresentou-me, oficialmente à Maria Bethânia,

Que me apresentou Fernando Pessoa

E Vinícius de Moraes.

Pilares sagrados da minha formação!

Essa a versão quase original

http://www.youtube.com/watch?v=o4_XB8UQeqw

Aqui interpretação atual:

http://www.youtube.com/watch?v=osMKhU_Qz84&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 11/11/2010
Reeditado em 11/11/2010
Código do texto: T2608998