ODE À BAHIA E A BAÍA DE TODOS OS SANTOS
Quando eu nasci,
um anjo troncho,
desses que vivem "tentando",
olhou-me sério e sem titubear,
foi logo dizendo:
vai Pel, sê diverso na vida!!!
E anjinhos de bocas moles
(queixos caídos),
responderam em cânone::
amém! Amém! Amém!...
(jogaram e rogaram-me uma excelente "praga")
E o Supremo me deu
com "naturalidade"
nascer em Salvador,
um Prêmio!!!
Quantas vezes passei
pela Rua Carlos Gomes
indo ou vindo
na minha ou na sua
buscar a lida vivida
e que nada me consuma
pra curtir a vida!
No Relógio de São Pedro,
onde eu perdi o medo
(e as tamancas...)
atrás do trio...
a requebrar as ancas
e pongar no bonde
pra encontrar meu onde...
sem nem botar banca!
E na Piedade com felicidade
vi a vida ampla...
pra fazer poesia
e cantar meu samba!!!
Desde então menino...
fiz-me tão adulto...
quiçá, um gigante
de tão pequenino...
pra seguir a pé aos seus viadutos
da Praça da Sé ao dos Veterano...
vento em popa, assim, no peito
sentindo o orgulho de ser baiano!
A praça é do poeta
Castro Alves, o maior de todos...
e também do povo...
como o céu é do condor
ou do avião...
nos vôos de liberdade
no âmago do coração.
Vitória em seu largo de glória...
e toda magnífica história
que a Bahia dignifica,
Saravá a Oxum, que a faz tão rica!...
E lá do Largo de Roma...
seguimos para o Bonfim
azeites dos Dendezeiros...
Ladeiras dão às cadeiras
o jeito sutil da baiana,
tudo em brincadeira,
distribuindo graça
no vai e vem das ancas...
provocando um fogo
pra Corpo de Bombeiros
apagar primeiro
na Ladeira da Praça!
Avenida de Contorno,
que visão monumental...
o mar em todo entorno
inspirando o carnaval...
Visão tão impoluta
na terra do amor e da paz...
pelo que o baiano luta
com amor tão contumaz!
Saveiros, barquinhos que vão,
Mercado Modelo que fica
e a Conceição da Praia rica,
que assim faz sua raia
para Todos os Santos, irmão!
Singrando os mares da vida
Bahia e Baía se fundem
na mente de todo turista...
Cidade alta, cidade baixa...
todo esplendor que se encaixa
na parte de baixo ou de cima
trocadilho que se faça
na trova, no verso, na rima...
Como foi o Elevador
e o quanto se transformou
a velha e querida Bahia
nos braços de São Salvador...
o futuro a Deus pertence...
de um passado que se herda
e uma balança perdida
vira o Elevador Lacerda.
Eta Baiião...
Baião,
baila Bahia
a Balalaika
do amor
e da emoção
Sou sim baiano
e soteropolitano,
isto faz a diferença
no cantar e na alegria
de toda gente baiana!
(dia 01 de novembro, Dia de Todos os Santos e da Baía de Todos os Santos e Encantos!)