POR ELA
(Sócrates Di Lima)
Tomo as dores dela,
Num cálice de prazer.,
Bebo as tristezas que sinto nela.,
E nos olhos dela, sinto meu renascer.
Meu tempo não passou,
Minha saudade é intensa.,
O silêncio meu amor não matou,
E na estrada dela meu caminho se condensa.
Gotas de chuva banha minha tez,
Lava minha alma e rejuvenesce minhas vontades,
Por ela renasceria cada vez,
Que o Sol amanhecer trazendo dela a saudade.
Silenciei, bem sei,
Ela silenciou também.,
Mas, ela não passou, nem eu passei,
Por nós os anjos dizem amém.
E eu toco o clarim da nova era,
Como se um novo tempo apontasse.,
Basilissa é como o surgimento da primavera,
Que dentro de mim faz festa e o amor renasce.
Enganam-se quem pensou que eu fui embora,
Que bati asas e voei sem olhar para traz.,
O meu ontem é o hoje no amanhã que não demora,
Mantendo tudo como dantes no castelo da paz.
Quando criança, eu tinha juízo,
Hoje, meu juízo está nos goles do meu amor.,
Por falta de juízo, tomo juízo, se preciso,
E tatuo esse amor no punho, sem marcas, nem dor.
Por Basilissa eu vou além,
Não existe distância, nem calor, nem frio.,
Por ela pinto o céu de azul também,
Com a tinta dos olhos dela como meu último desafio.
Só ela pode mudar meu destino,
Tirar-me a palavra da boca e do coração.,
Enquanto dentro de eu existir o homem menino,
Serei o dono da minha razão e emoção.
Tudo, por ela, Basilissa.