toalha estampada
o desânimo às vezes nos pega
e se apodera
e o desequilíbrio vem
nada que dá certo prolifera
não vale viver com ninguém
mas de repente isso muda
e sem se saber de onde vem
o ânimo chega e nos toma
nos bota nos braços de quem
com quem se quer só viver
pra ouvir o apito do trem
pra ver o canto que tem
o galo de madrugada
dos pássaros a barulhada
o pão, goiabada e qualhada
sobre a tolha estampada
o beijo do sol da manhã
o chá de romã, a ameixa
ô ânimo, vê se não me deixa
é o que a gente suplica...