PESSOA COMUM

Caminhando, sem direção marcada,
saio da cidade, ando pela estrada,
sem rota e sem destino algum.
Andando por curva e por reta,
vou em frente, aqui não tem seta,
vou seguindo, para lugar nenhum.

Quando trilhas, não mais resta,
então entro numa floresta,
descanço, sobre o pé de araticum.
A saudade e a canceira, está expulsa,
sai de minha alma, toda a repulsa,
fico calmo, como uma pessoa comum.

De vez em quando, tomo essa atitude,
saio para procurar, a paz e a quietude,
creio que o corpo gosta desse jejum.
Volto para casa, agora menos nervoso,
melhoro como amigo, e como esposo,
e mais apetite, para a salada de atum.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 06/10/2010
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