HÁLITO DO DESEJO







Numa flor... (o poema na soleira da porta)
Meu passo é compasso, e no safári o gesto é sóbrio,
Sorriso e farpas, ponta
De punhal – resina no dorso da água e sal.

No desejo... o hálito é digesto
- absorvo.

A língua dilatada
Desabotoa-se... Na flor, o amor
É tudo, tudo.
O aspargo apaziguado sobrevoa.

E o poema na espora
Passa por baixo da soleira da porta.

O amor
Veste-se solstíciamente.

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 06/10/2010
Código do texto: T2540406
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