Há uma primavera em cada vida!

Depois de vários meses
Seca, árida e sedenta terra
O céu chora silenciosamente
Nem um ínfimo traço de azul
Nem um estreito raio de Sol
A vegetação sorri!
Os pássaros celebram!
São eles que me acordam...
Cantam ao amanhecer,
Sem nenhuma timidez!
Eu os ouço...
Procuro distinguir-lhes o canto.
Nomeando o que escuto...
Interiorizando o que sinto!
Chove...
Contrário à melancolia
Sinto a felicidade
Que se impõe em lágrimas!
Frio, fino, sereno...
Verde agora úmido
Sem o risco do fogo
Sem a aridez do solo...
Chora em silêncio o mundo
Na quietude de uma manhã de primavera!
Tudo se espera!
Que venha à vida!