Ainda sobre bundas...

Não é o rosto, o busto, as coxas

Nem as axilas, a barriga, os pés

Ou a pele, o nariz e as pernas...

Muito menos o tamanho do pênis

Ou dos lábios vaginais...

Da abertura da gruta

De imaginar-se ali na fruta

Com água escorrendo na boca

Mesmo que você disfarce pela toca

Nos cabelos, nos lábios, na sobrancelha

Os pêlos, pentelhos ou braços

Quero fazer aqui uma ode às bundas...

Elas que te descansam o corpo

Que anunciam com pompa

Tua passagem na rampa

Por onde todos os olhos decaem

Seja durinha, pequena, grande ou gelatinosa

Quem as vê passando... Não resiste...

A dizer: Mas, como é GOSTOSA!

E ela é tão tímida, por vezes ousada

Quando se descontrai... Rebola a danada!

E o riso fica farto, aberto, sincero, esperto!

É que nela se embute a malícia viva

Poderosa artista que a tudo aviva

Não há como negar a sua estultice

Da sua protuberância depende o aplauso

Da rigidez ou da flacidez o brilho do olhar

Se está em biquíni meio cavado...

Tome muito cuidado com o olhar apressado

Repare bem se não há um marido ao lado

Mas se estiver solta e sozinha... DEGUSTE!

A bunda que abunda é mais que enfeite

É um monumento ao seu deleite!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 28/09/2010
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