Ainda sobre bundas...
Não é o rosto, o busto, as coxas
Nem as axilas, a barriga, os pés
Ou a pele, o nariz e as pernas...
Muito menos o tamanho do pênis
Ou dos lábios vaginais...
Da abertura da gruta
De imaginar-se ali na fruta
Com água escorrendo na boca
Mesmo que você disfarce pela toca
Nos cabelos, nos lábios, na sobrancelha
Os pêlos, pentelhos ou braços
Quero fazer aqui uma ode às bundas...
Elas que te descansam o corpo
Que anunciam com pompa
Tua passagem na rampa
Por onde todos os olhos decaem
Seja durinha, pequena, grande ou gelatinosa
Quem as vê passando... Não resiste...
A dizer: Mas, como é GOSTOSA!
E ela é tão tímida, por vezes ousada
Quando se descontrai... Rebola a danada!
E o riso fica farto, aberto, sincero, esperto!
É que nela se embute a malícia viva
Poderosa artista que a tudo aviva
Não há como negar a sua estultice
Da sua protuberância depende o aplauso
Da rigidez ou da flacidez o brilho do olhar
Se está em biquíni meio cavado...
Tome muito cuidado com o olhar apressado
Repare bem se não há um marido ao lado
Mas se estiver solta e sozinha... DEGUSTE!
A bunda que abunda é mais que enfeite
É um monumento ao seu deleite!
Hildebrando Menezes