FINGIR SER FELIZ
O mar de tristeza que me inunda
Torna-se ao mesmo tempo
Vastas águas que navegam até a mim
O consolo de tentar viver a felicidade
Que tanto some dos olhos de quem há precisão
E ao mesmo tempo
Que escapole em busca do disfarce da ausência
Fazendo do inferno, céu
Das rosas, espinhos
Do triste, o alegre
Da companhia, a solidão
Do mal, o bem
Da escuridão, a luz
Do bonito, o horrendo
E da morte, a vida