INFÂNCIA

Bonecas de pano,

Panelas de barro,

Soprando ferro de passar roupa

Até ficar em brasa viva,

Amendoim doce, chiclete,

Suspiro, a cada dia

Havia algo novo a fazer,

A leitura era minha preferência,

Mesmo com toda a insistência

Das amiguinhas a chamarem

Para brincar,

Bancos na praça,

Margaridas voando ao vento,

Era o que servia de alimento

Para que meu coração poético

Celebrasse aquele instante

Que sempre vive em mim,

Eram tantas brincadeiras,

Cantando “Mulher Rendeira”,

O teatro a praça pública

Pena que tudo passe tão rápido

E fique como um quadro pintado

Com as tintas do coração,

A tela, é a passarela

Que me dá vida,

Os enfeites são as palavras

Que dançam em poemas

Que trazem como tema

A alegria de volta,

E sorrio, danço, canto

Com tudo que vivi,

Com tudo que senti

Em minha infância tão feliz!

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 12/09/2010
Reeditado em 12/09/2010
Código do texto: T2493543
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