O POETA DO SERTÃO
Talvez não sabem o que isso significa,
tomar um belo banho lá na bica,
e nem sabem como é feito meu sabão...
Fato que acontece em toda tardinha,
com aquela água tão pura e tão limpinha,
que chega aqui, sem nenhuma poluição.
E te falo, aqui não tenho a balada
mas tenho, bela noite enluarada,
tenho também, o calorzinho do fogão.
Se perguntar, e a saudade de Iolanda?
ela vai desaparecendo lá na varanda,
numa melodia, nas suaves notas do violão.
Aqui, nesse mundo ermo onde vivo,
tenho alimento natural, que cultivo,
hoje, passei o dia colhendo feijão.
Nunca falta nada em minha mesa,
tenho um belo pomar com framboesa,
ainda divido com os pássaros, o mamão.
Da barulheira que faz lá na mata, o sauá,
e do lindo canto, da amiguinha sabiá,
tem mais, dos lambarís do ribeirão...
Como e belo, quando o dia amanhece,
sabe o que um passarinho me oferece?
Vem desejar me lindo dia, numa canção.
Dinheiro? Isso não tenho, caro amigo,
mas nunca queira trocar comigo,
todo o conforto, de sua linda mansão.
Vida saudável, de saude,vida bonita,
que faz de mim, desse poeta, desse eremita,
o habitante mais feliz dessa região.
Sabe? Aqui não tenho a eletricidade,
mas em troca, não conheço a falsidade,
que em outros mundos, gera depressão.
Aqui em casa, não tenho nada cercado,
pois vivo livre num descampado,
como vizinho, só um velho lobo ladrão.
Trocar esse mundo, por uma vida na cidade?
Seria enviar me direto numa grade,
seria mandar me, para o fundo de uma prisão.
Olhem, está bom aqui escrevendo poesia,
mas agora tenho que ir ver a nova cria,
ver como está uma ninhada de leitão.
Um poeta, aqui escrevendo besteira?
E que nessa sombra da goiabeira,
e com essa bela vista desse sertão...
Voce ai, caro amigo, que está me lendo,
feche os olhos, pense estar me vendo,
e diga me, será que tenho alguma razão?
Talvez não sabem o que isso significa,
tomar um belo banho lá na bica,
e nem sabem como é feito meu sabão...
Fato que acontece em toda tardinha,
com aquela água tão pura e tão limpinha,
que chega aqui, sem nenhuma poluição.
E te falo, aqui não tenho a balada
mas tenho, bela noite enluarada,
tenho também, o calorzinho do fogão.
Se perguntar, e a saudade de Iolanda?
ela vai desaparecendo lá na varanda,
numa melodia, nas suaves notas do violão.
Aqui, nesse mundo ermo onde vivo,
tenho alimento natural, que cultivo,
hoje, passei o dia colhendo feijão.
Nunca falta nada em minha mesa,
tenho um belo pomar com framboesa,
ainda divido com os pássaros, o mamão.
Da barulheira que faz lá na mata, o sauá,
e do lindo canto, da amiguinha sabiá,
tem mais, dos lambarís do ribeirão...
Como e belo, quando o dia amanhece,
sabe o que um passarinho me oferece?
Vem desejar me lindo dia, numa canção.
Dinheiro? Isso não tenho, caro amigo,
mas nunca queira trocar comigo,
todo o conforto, de sua linda mansão.
Vida saudável, de saude,vida bonita,
que faz de mim, desse poeta, desse eremita,
o habitante mais feliz dessa região.
Sabe? Aqui não tenho a eletricidade,
mas em troca, não conheço a falsidade,
que em outros mundos, gera depressão.
Aqui em casa, não tenho nada cercado,
pois vivo livre num descampado,
como vizinho, só um velho lobo ladrão.
Trocar esse mundo, por uma vida na cidade?
Seria enviar me direto numa grade,
seria mandar me, para o fundo de uma prisão.
Olhem, está bom aqui escrevendo poesia,
mas agora tenho que ir ver a nova cria,
ver como está uma ninhada de leitão.
Um poeta, aqui escrevendo besteira?
E que nessa sombra da goiabeira,
e com essa bela vista desse sertão...
Voce ai, caro amigo, que está me lendo,
feche os olhos, pense estar me vendo,
e diga me, será que tenho alguma razão?