Poluta

Quando nada se tem a perder,

A não ser o medo,

Sente-se mais confortável,

Para arriscar novas possibilidades

Em direção ao estável.

Explora-se melhor, as oportunidades.

Errar passa a ter menos peso,

Por nada se ter de significativo,

Que esteja correndo risco,

Que seja necessário defender.

É o momento em que a vida convida

Às novas explorações,

A realizar as verdadeiras intenções,

Aquelas que nos acompanharam,

Desde as primeiras sensações,

Agora libertas das contradições...

É chegada a hora de encarar a subida,

De testar os códigos que nos formaram,

De provar dos nossos sucos,

De conhecer a profundidade dos sulcos...

Caminho sem volta, pois não se retorna ao nada.

A alma prefere seguir adiante,

Confiante,

Radiante,

Não obstante

Os percalços

Dos desconhecidos passos,

Ela segue cosmicamente orientada,

Determinada,

Em busca da alegre tranquilidade, tão sonhada.

Passou por toda sorte de experiências,

De tropeços,

De atropelos,

De traições,

De constatações,

De incompreensões,

De pressões,

De torturas,

De rupturas,

Até definir sua consistência.

Ao desenhar suas preferências,

Estabeleceu sua cadência.

Manteve-se em solos coerentes,

Férteis, convergentes,

Que germinaram preciosamente,

Inelutavelmente,

Em meio a tempestades

E atrocidades.

Vem daí sua postura,

Radicalmente voltada à altura.

Vídeo recomendado:

http://www.youtube.com/watch?v=Canfnqw60QI&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 25/08/2010
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