CONFISSÃO DE UM POETA
(Sócrates Di Lima)
 
Vou confessar uma coisa séria,
Talvez não queira acreditar,
Não pense que é pilhéria,
Mas, tenho que desabafar.
 
Eu não vim ao mundo para tudo concordar,
Não vim ao mundo para facilitar.,
Não vim para ver, ouvir e não falar,
Nem para saber e não me pronunciar.
 
Nada nesta vida deve ser fácil,
Viver é uma tarefa árdua até mesmo para se pensar.,
Quem pensa ao contrário tudo é difícil,
Até mesmo saber amar.
 
Vim ao mundo para contrariar,
O absurdo é o mais atraente.,
O impossível é para se realizar,
Não se pode se sentir diante da vida, impotente.

Vim ao mundo para incomodar,
Não para sedr incomodado.,
Vim ao mundo para amar,
E muito mais ser amado.
 
Eu nasci na guerra entre Deus e o diabo,
E Deus sempre foi vencedor.,
É sob o manto DELE que me acabo,
Principalmente no amor.
 
Há muito mais mistério na mente humana,
Do que entre o céu e a terra.,
Tem mais valia a vontade insana,
Do que a sanidade que a tudo emperra.
 
Quem me critica, não tem sabedoria,
Nunca experimentou a controvérsia.,,
Vive na mórbida utopia,
Sob o manto triste da inércia.
 
Somente uma um ser me mete medo,
Pois sou temente a Deus.,
Minha alma não tem segredo,
Não sou ateu.
 
Meu espírito é grandioso,
Está além do meu controle remoto.,
Por isto que não sou insidioso,
Minha ânsia é terremoto.
 
Não posso obedecer qualquer um,
Só obedeço ao amor.,
Pois, em momento algum,
Ele me trouxe dor.
 
Não há regras nem tratados,
Que me prendem á insignificância.,
Sou controvertido, tenho atos desaforados.,
Trago isto da infância.
 
Fui bem educado,
Fui bem criado.,
Mas, a vida é um aprendizado,
Quem não aprende, não passa de um subordinado.
 
Não sou metido,
Fui, por papai e mamãe,
E neste sentido,
Minha alma extrovertida se impõe.
 
Sou inconstante,
Constante também.,
Sou imprevisívelmente,
Um ser inconteste, um intenso alguém.
 
Minha vontade é meu guia,
Desafio a coragem,
Minha fé é minha companhia,
Não vivo de miragem.
 
Minha coragem rompe o hímen das minhas virtudes,
Depositadas em embriões no ventre da minha ambição,
E na gravidez das minhas licitudes,
Minha alma pari os frutos da minha paixão.
 
Não sou padre, bispo ou pastor,
Para dar lição de moral a ninguém.,
Tudo que faço, faço por amor,
Não sou dono da verdade também.
 
Somos os extremos,
Não nos curvomos sem  motivos justificados.,
Eu e o meu  “Eu” somos e seremos,
Tudo que precisamos para sermos odiados e amados.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/08/2010
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T2438059
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