Uma nêga chamada Rosa
Mulata de forquilha alta
que eu nunca vi igual
pele morena de jambo
que tem lá no meu quintal
Uma nêga chamada Rosa
que me veio toda prosa
eu nunca vi tão famosa
num corpo tão natural
Os peitos pequenos e duros
sem conhecer sutian
apontavam para frente
os caroços de romã
Quando passava na rua
chamava logo atenção
mulher puxava marido
e dava até beliscão
Eu não sei o que houve
Rosa desapareceu...
nos lugares onde andava
ninguém sabe o que se deu
O que eu sinto é muita falta
Até parece castigo
pois o diabo da nêga
nunca mais dormiu comigo.