Uma nêga chamada Rosa

Mulata de forquilha alta

que eu nunca vi igual

pele morena de jambo

que tem lá no meu quintal

Uma nêga chamada Rosa

que me veio toda prosa

eu nunca vi tão famosa

num corpo tão natural

Os peitos pequenos e duros

sem conhecer sutian

apontavam para frente

os caroços de romã

Quando passava na rua

chamava logo atenção

mulher puxava marido

e dava até beliscão

Eu não sei o que houve

Rosa desapareceu...

nos lugares onde andava

ninguém sabe o que se deu

O que eu sinto é muita falta

Até parece castigo

pois o diabo da nêga

nunca mais dormiu comigo.

garrinchapiaui
Enviado por garrinchapiaui em 18/09/2006
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