O grande peixe – felicidade!
Toda a esperança já dissipada, os olhos umidos e os labios tremulos.
Então surge do nada, assim, bem do nada mesmo, figura breve e chamativa,
Sorriso grande, olhar discreto... me vem faísca de luz, descubro estar viva!
Luzes e mais luzes, sensibilidade desperta, visão e tato... e falas...
Surge então o frio na barriga, a incerteza, o descontrole, não sei o que fazer...
E isso é maravilhoso! Assim, não saber o que fazer é tão bom!
Bem de leve caminhar e nada mais sentir, alem do sol em plena madrugada,
As cortesias todas desordenadas... aos poucos e de repente viver!
É excelente viver! Mesmo que isso não se repita, mesmo que os sinos não toquem.
Mesmo que a valsa não seja embalada e a frase esperada não seja dita!
Esse segundo de ar já me valeu, me valerá cada fração de ar que eu sinta.
Cada molécula perdida afogada entre as lagrimas do ontem, do hoje horas antes.
O ar gelado, não muito no entanto, é agora sublime e perfeito à este céu azulado.
Vazio de estrelas, cheio de esperança e posso mesmo dizer, paz.
Há tempos eu não girava assim, feito boba, sozinha pela casa, por todo lado.
Me fazendo bailarina, de olhos fechados, sorriso no rosto... entendo então, estou
Na verdade, feliz!