O Fruto Seleto

A maré começou a, discretamente, recuar...

A vazar.

É o princípio do processo tsunâmico

Da minha virada,

Plenamente ensolarada.

Sinto potencializado o ânimo.

Apaguei os desenganos,

Remocei anos!

Estou significativamente mais leve.

Assimilei, finalmente, que a vida é mesmo breve.

Estou concentrado na minha mudança.

Um passo tão gigantesco,

Quanto o poder da esperança.

Criei-me novos arabescos!

Deixei cair todos os rótulos,

Todos os desenganos póstumos.

Perdoei a tudo e a todos.

Estou renascendo aos poucos.

Já sei quem sou

E para onde vou.

Sei, também, porque vou

E como estou.

Aprendi a me respeitar,

A evolutivamente me cultivar.

Amplifiquei a afeição

E prol da dourada revolução.

Tão pacífica quanto a generosidade

Tão artística quanto a integralidade.

Resgatei a pureza do menino

Que, até hoje, se encanta com o som do sino.

Desisti de agradar a todos.

Sempre tive preferência pelos loucos.

Ignoro as travessuras monstruosas!

Sou mais as tarde cor de rosa...

Reencontrei irmãos antigos,

Com eles um novo sentido.

O universo é meu abrigo.

Cultuo o sorriso!

Confio no argumento do planeta.

Estou seguro que a Harmonia Celestial romperá a represa.

Está escrito: Tudo vai dar certo!

Ainda que não seja possível caminhar sempre reto.

O Bem é o único teto!

O fruto seleto!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 17/07/2010
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