Não Sei o Nome

No quintal de casa uma árvore do mangue floriu.

Uma beleza como nunca se viu:

Sofisticada,

Aristocrata...

Em forma de cachos, que lembram os da videira,

Encanto de primeira,

Na cor lilás escuro.

Trouxe requinte ao nosso mundo.

Tronco largo,

Palco farto

Para esparramar seus galhos abusadamente,

Calculadamente.

Ocuparam um espaço enorme,

Com seus braços fortes,

Repletos de flores,

De uma das mais lindas cores.

Ela ficou tão bem ali,

Que parece que sempre esteve aqui.

Impossível sair de casa sem lhe dedicar um olhar,

Sem reduzir o passo

E pensar num abraço...

Sem alterar o respirar,

Sem se emocionar

E, sinceramente suspirar!

Não foi plantada,

Simplesmente cresceu

Já foi podada

Acidentalmente,

Inutilmente...

Pois não só sobreviveu,

Como se desenvolveu

E floresceu.

Para alegria da casa,

Ela estendeu bem sua asa,

Proporcionando-nos esse espetáculo,

Inesquecível,

Inconcebível...

De confundir todos os oráculos,

Tamanha exuberância

E cósmica elegância.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 08/07/2010
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