Perene vivência.

E foi neste descampado de relvas cinza,

Num fim de inverno, que me destinou!

Conhecer as trilhas de outro tempo,

Vivenciando o enverdecer.

E no alo de minha febril memória,

Recordei de outrora, meus passos felizes.

No encanto da queda d’água,

Em que cascateava o riozinho.

Ah! Triste fim teve em minha partida!

Ao desviar-me por outras paragens,

Para buscar argumentos, que pensei não ter aqui!

Pensando, somar quilates! De quanta riqueza me despedi.

E agora me acolhe, ao feitio de mãe, que sempre foi!

Desde o primeiro ar, que me deu a respirar.

A encher meu peito, da pureza, que vem dos montes,

Dos aromas floris, dos verdes hasteais, deste cheiro de chão...

E olha que, lhe vim em visita, quão sorte me conquista?

Agora, não mais partirei, não mais!

Nesta nobre, quero minha campa, a ser velada sem lembranças,

E por toda a eternidade, espero! Somente, os encantos matinais.

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 04/07/2010
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