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O CAMPO DE ALFAZEMAS


Eu via ao longe
A doce menina
Trabalhando, feliz
No campo de alfazemas...

O vento farfalhava,
Naquela manhã primaveril...
Ela caminhava rapidamente e
Sorria, seu meigo rosto juvenil.

Quantos anos teria?
Quinze? dezesseis?
Qual seria seu pai,
Um alemão, ou francês?

Mas ela trazia,
Nas mãos uma cesta
Alfazemas cheirosas
Alegremente colhia...

Seu vestido lilás,
Era todo enfeitado
De tranças de fita
Era todo bordado...

Um alvo avental,
Com peitinho de renda,
E no seu embornal
Trazia uma prenda.

No alto da cabeça,
Delicado chapéu,
Era touca delicada
Branca como um véu.

Quando em casa chegava
O semblante afogueado,
Encontrava sua mãe,
Já fazendo o assado.

Entregava ao pai,
Toda aquela alfazema...
Que seria transformada,
Em perfume, em renda.

E a doce menina,
Continuava o esquema:
No campo a buscar,
Mais, daquela alfazema!


            


                


 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 30/06/2010
Reeditado em 25/09/2016
Código do texto: T2350464
Classificação de conteúdo: seguro
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