Manhã de Esperança
Dessa vez a alvorada
Chegou vestida de gala!
Um céu magenta,
Listrado de tiras de nuvens brancas,
Portadoras de íntimas lembranças...
O insólito é que sustenta!
Uma lua cheia obscena
Do tipo que rouba à mente,
Impunemente,
A qualidade de serena...
Do outro lado,
Algo que me deixou, ainda mais, admirado:
Uma faixa no horizonte! Um laranja incandescente!
Nada prudente!
Em uma fúria contida,
Espalhava-se pela subida vagarosamente,
Mas, definitivamente!
Tomando de assalto a vida.
Soberano!
Assume o seu lugar: o primeiro plano.
Abraça a tudo com suas labaredas.
Põe à prova todas as certezas...
Qual a origem das tintas matinais?
De onde partem esses tons excepcionais?
Faltam-me adjetivos para classificar
Exatamente,
Justamente,
O surreal que se espelhou no ar!
As sensações absurdas,
As conclusões mudas!
A impressão nítida,
De uma percepção ínfima,
De algo estupendamente grandioso!
Grandiloquentemente luminoso!
Há sim, uma ordem, por trás da anarquia!
Dá pra apostar no andamento da sinfonia.
A força que criou essa obra,
Tem criatividade de sobra,
Para não deixar
A história de uma humanidade desandar.
Ofereço a beleza dessa manhã ao meu sobrinho aniversariante
Carlos Henrique Luhmann!
Indicado pela academia ao prêmio de “O Avô do Ano”!