POEMA DA PRATA

Quando cai a tarde e eu não te encontro,

fico feito mariposas procurando luz,

desordenado no meu caminhar pelos cômodos da casa.

Quando cai a tarde e eu não te encontro,

fico feito o andarilho que procura um lugar pra se abrigar

e, não encontrando, entrega sua sorte

aos céus e adormece sob as estrelas,

depois de o dia inteiro esperar por elas.

Meus pensamentos já não são meus, já não me pertencem

vejo-os escorrendo entre os dedos da sua mão

como fagulhas de prata numa noite clara de luar,

refinados e cintilantes como que implorando:

-Sou teu, me guarda!...antes que venha o vento

para aplacar o calor do seu corpo e suavizar sua fadiga e

me leve embora pra sempre.

se não podes, acrescenta à lua esse tesouro,

para que quando numa noite de verão a vires,

te invada o pensamento:

-"Ali tem acrescido, o meu pó de prata,,,

-um pouquinho dele e do amor que sente por mim"

Eternamente...pra sempre!...até o final dos nossos dias.

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 26/06/2010
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