Magenta
Uma manhã inédita,
Intrépida!
Veio com variações de cores
Entre o magenta e o vinho
Bem clarinho.
Parecia que o céu explodia em ardores...
Em celestiais clamores!
Não me lembro de ter visto antes esses tons.
Maravilhosos e incandescentes dons!
Tive reações físicas e emocionais...
Sensações siderais,
Mediante o absurdo, o abuso
Desse espetáculo que me deixou mudo.
Alvorecer outonal!
Imagem muito mais que transcendental!
Algo próximo do literal,
Vizinho do visceral...
Uma visão quente,
Pra lá de eloquente!
Concluí que o universo
É de uma incansável criatividade.
Sempre em atividade!
Sucessivos versos
Compostos de imagens,
Que mais parecem miragens.
Impossível não se comover.
Improvável não se derreter
Diante da expressividade,
Da delicadeza,
Da pureza,
Da eternidade.
Por instantes cheguei a duvidar...
A, sinceramente, questionar
O fato de fazer parte de toda essa sensibilidade,
Que flerta com a incredulidade.
É tudo tão superlativo,
Que me obrigou ao estado contemplativo.
Em seguida, veio o orgulho
De estar vivo,
Completamente desprovido de juízo,
Tomado pela ardentia
Da poesia
Que me oferece esse inconcebível mergulho,
No que há de espiritualidade no mundo!
Nota: Tenho a impressão,
Que essa inacreditável celebração,
Tenha sido em homenagem ao aniversário de 21 anos de união
Entre meu amigo/irmão/poeta Welinton e sua amada Narley.
Pessoas que, para sempre, amarei!