Lentes Mágicas

Eu tenho como regra, ampliar a visão,

Através das lentes da sensibilidade.

Só assim, consigo extrair poesia da atualidade,

Apesar de toda a sua solidão.

A visão nua e crua

Não compactua

Com a superioridade,

Que permeia a eternidade.

A plenitude da Criação,

-Essa magnífica, mutante e interminável canção-

Convida a um mergulho mais profundo,

Em tudo que há no mundo.

As primeiras camadas

Não são as mais recomendadas,

A quem deseja saborear o fato de existir,

Abusando descaradamente do ato de sorrir.

Lá para dentro,

Na estrada para o centro,

É que se percebe,

O tamanho do que não se conhece.

É lá que se é levado,

Ao que há de mais elevado.

Lá não existe juízo,

Porque tudo faz sentido.

...Luz na sala escura,

Sinceridade na candidatura,

Solidez na estrutura,

Flutuar na altura...

Nas entrelinhas, nos silêncios,

Estão os melhores compêndios,

A verdadeira sabedoria,

A mais clara sintonia...

...As mais importantes revelações,

Todas as explicações,

As edificantes emoções,

Todas as exclamações!

Por trás da formalidade,

Clamam por liberdade:

A sinceridade

E a criatividade.

É depois da arrebentação,

Que habita a inspiração,

A salvação.

Leia-se consagração!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 14/06/2010
Código do texto: T2318589