EU E AS FLORES.
Admiro
E enterneço-me
Ao observar a beleza
E a simplicidade da vida,
A todo o momento concentro-me
No emprego de aproveitar
Os recursos nela disponíveis.
No equilíbrio da majestosa natureza
A energia que mantém ativo meu ser
E sem cessar auxilio amorosamente
A quem minha confiança venha merecer.
Extasio-me com a naturalidade
E o encanto sempre renovado
Que vislumbro em todas as flores
E em suas pétalas macias,
Coloridas e aveludadas,
Deposito um beijo cálido,
E a todas elas eu comparo
Com a extrema sensibilidade
E fragilidade de certos amores.
É de meu temperamento a suavidade,
Onde de nada eu faço distinção
E em primeira instância,
Ofereço meus préstimos
Com carinho e afeição.
Procuro não me prender
E não dar ouvidos a futilidades,
Vivo de conquistas adquiridas
E desfruto-as em sua totalidade,
Declaro-me cúmplice deste meu Eu
E entrego-me dignamente
Na mais completa fidelidade...