PINTURA ÍNTIMA (2)
“lábios tangentes, pétalas em desvarios
rosto ramificado, dois rios: dois rios em permanentes
delírios” – Albert Araújo.
Quando me pinto – estátua
dilacerada qual a manhã
pétala e selvagem
vejo-me atento, inteiro
caibo nas mãos de Deus
sem vertigem, desvario
saio-me pela tangente
pedra, pintura repisada
e louca, feito osso branco
ouço voz – VOZ – VOZ
de dois rios – famintos os
olhos a navegar no impropério coração
quero-te em redoma túrgida
trêfega cabrita – inteiro corpo em figa
dedos adjacentes incendiada gasolina
ver-te em frascos brancos, linhas
oblíquas – ruptura do deserto – mãos
ramificadas e amiga menina
(doce menina).
“lábios tangentes, pétalas em desvarios
rosto ramificado, dois rios: dois rios em permanentes
delírios” – Albert Araújo.
Quando me pinto – estátua
dilacerada qual a manhã
pétala e selvagem
vejo-me atento, inteiro
caibo nas mãos de Deus
sem vertigem, desvario
saio-me pela tangente
pedra, pintura repisada
e louca, feito osso branco
ouço voz – VOZ – VOZ
de dois rios – famintos os
olhos a navegar no impropério coração
quero-te em redoma túrgida
trêfega cabrita – inteiro corpo em figa
dedos adjacentes incendiada gasolina
ver-te em frascos brancos, linhas
oblíquas – ruptura do deserto – mãos
ramificadas e amiga menina
(doce menina).