Surfando
Surfas nas nuvens do eterno sem fim
E vais fundo nas profundezas escassas.
E não alcanças o que querea,
Te cansas e te feres,
E deslizas, e flutuas, e sonhas.
Curtes a ternura do sol que te realiza
E a doçura do mar quando mergulhas
Em busca do seu verde ventre e azul.
E esperas, numa esparsa e jovem espera,
Sem melancolias, em que os suaves,
Os dedos e as mãos, alisam expectanças
Desenhadas nas areias das praias desveladas.