MÃOS CALEJADAS






No habitado corpo

O canto das chuvas de maio

Se afoga mansamente nas

Águas profundas



E a vida segue que nem correnteza

Não guardo grito - tropeço - punhos de rajadas

Danço no orvalho

Não tenho medo de noites mortas

Tampouco de cortantes partidas



Vivo plenamente a vida(...) - o que visto

Anula os voos - e no que se diz viver a vida

Festejo as linhas absolutas das mãos calejadas.


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 08/05/2010
Código do texto: T2244075
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.