O astro rei

Sol que caminha no horizonte,

teus raios brilham mais que o ouro.

Quando despontas os olhares se voltam para ti.

Na tua nudez, admiram tua majestade.

Sol te fizestes alegre ao percorrer o infinito.

Sol que marca a claridade e a escuridão,

que enxuga a terra e faz crescer as matas.

Com tua beleza incompreendida,

os homens se maldizem diante de ti.

Sol que marca as horas do nascente ao poente,

é linda a tua trajetória, como o passeio da rainha.

Sol que dispõe lugar para a chuva e a tempestade,

que assiste em silêncio a guerra e a paz.

Sol que se transforma em milagre e aquece a Terra,

perseverante, puro e sem mancha.

Sol que é sempre o mesmo desde o dia da criação.

Sol que alcança o fim dos tempos,

feito de amor por mãos santas.

Sol que demonstra a sabedoria do eterno criador.

Sol, ninguém pode avaliar a tua intensidade.

Sol, subordinado ao criador.

Sol, de ti fiz a minha poesia.

Sol, com a tua luz os pássaros e as cigarras

entoam hinos.

Sol das quatro estações do ano.

Sol quem diria a tua grandeza tão distante daqui,

maior que o alcance dos meus olhos.

Sol que ao te ver rendo a minha homenagem.

Sol que me aponta o rumo para vida futura,

que mostra onde mora o amor.

Sol da cor do metal mais precioso,

resplandecente e majestoso.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 30/04/2010
Código do texto: T2229171