DIAS DOS DEUSES DO AMOR




... E eles de olhos abertos

Na noite infante – diziam:

Que os anjos são fortes,

E sobrevoam horizontes.

E que todas as portas estão abertas...



E o mundo molda de forma original

A luz da vida.



Que o amor percorre todas as arestas

E rompe colinas.



Os céus em ondas rítmicas,

Recriam-se na amplitude do som das catedrais...



E o cume da montanha caminha...



Cria-se distancias entres os amantes.

Mas o galopar dos ventos

Unem as mãos dos que se amam



E sobre a relva

A luz cósmica se completa.

Aves dispersas

Em árvores muitas infindas.



E o olhar da alma

Em silencio ausculta o murmúrio sibiloso

Do coração que ama.




E nesta diagramação,

Além da aparência do ócio divino

O universo de recria

E na sua existência milenar

O metal silente e pálido dos oceanos

Refletem luz e sua luz tem o olhar nítido

E suntuoso dos anjos inamovíveis.



E o tempo se deflagra

E o seu raio inunda o limbo da ausência

E nesta emboscada catastrófica das gôndolas Veneziana

O branco é luz

E a luz é voo e melodia

no centro místico da alegria

Dos longos dias dos Deuses da mitologia.


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 10/04/2010
Reeditado em 10/04/2010
Código do texto: T2188380
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