Deixe Estar
Estava aqui pensando,
Calmamente, analisando...
Parece que a maré está virando,
Está quebrando
A meu favor...
Dou graças ao Senhor!
Ou será que fui eu que me virei,
E, conscientemente me foquei?
Resolvi reunir minhas forças
E dispensar essas múltiplas formas de forcas.
Cobrei de mim,
Um melhor acabamento para esse fim.
Tirei os tapetes,
Ajustei os soquetes,
Troquei a fiação,
Mudei a hidráulica instalação.
Pintei a casa por dentro.
Ordens vindas do meu centro!
Ou será, ainda, que só estou fazendo isso tudo,
Porque a maré trouxe um novo impulso,
Uma nova motivação,
Para a antiga e aposentada rebelião?
Pode vir dela essa adolescente disposição,
De rejeição a toda forma de escravidão!
Seja qual for sua origem,
Varreu-me toda a fuligem,
Toda a poeira,
Acumulada na velha esteira...
Nada ficou no lugar,
Da,í a obrigatoriedade de recomeçar.
Sei que dei voltas desnecessárias,
Tomei decisões arbitrárias.
Fui longe demais,
Demoli todas as particulares catedrais.
Mas, o incomensurável aprendizado,
Em meu íntimo, para sempre, está gravado.
Por isso, agora,
O que, um pouco, me incomoda,
É uma discreta, mas permanente,
Além, de bastante arguente,
Ansiedade,
Em vivenciar a minha baianidade.