De La Mancha II

Tomei coragem!

Enfrentei

E derrubei

Mais um moinho,

Que estava no meu caminho,

Desde sempre...

Incomodando, rente!

Tamanho descomunal...

Rugido bestial!

Terrível visagem...

Quando cheguei perto,

Armado apenas, com o meu certo,

Vi que ele foi se encolhendo.

Foi se recolhendo

E desapareceu...

No rastro de breu,

Deixado pelo medo,

Em seu absurdo enredo,

Antes de ser expulso

Do meu pulso...

Sinto um orgulho quixotesco.

Acredito um pouco mais, no meu arabesco!

Sei que será para sempre assim:

Desbravando até o fim

Os peitos áridos,

Os sonhos mais ávidos.

Quero que se acenda a luminosidade

De toda a humanidade.

Ao invés do desastre,

Acredito na vitória avassaladora da Arte.

Ah! Vai ser lindo, quando estivermos todos despertos,

Caminhando de mãos dadas, semeando todos os desertos.

Pacificados,

Serenizados,

Bem resolvidos,

Com todos os sentidos desenvolvidos.

Envoltos numa névoa dourada,

Suavemente perfumada.

Sonho extremo!

Desejo Supremo!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/03/2010
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