Tenho de escrever!
Hoje, mais um dia
Qual bela luz nasceu.
Tenho de escrever
Um novo renascer,
Um alento eu diria,
Para não esmaecer.
É o prazer de escrever
Mas bem que poderia
Ser um carpinteiro
A serrar o dia inteiro.
Poderia ser banqueiro
A contar tanto dinheiro
Sem ver o sol nascer...
Quem sabe, ser astrônomo
E do sol, olhar seus gomos
Até cegar a minha visão...
Imaginar-me do universo
Ser o verdadeiro dono.
Todavia, amassando o chão
Enlameado de barro da ilusão.
Porém, fico com os versos
Modestos e incertos.
Conquanto, a alegria venha
Em prosa ou resenha,
A redesenhar meu dia
E a carpintejar poesias.
Ou a me trazer dinheiro,
Nosso companheiro
E, até da astronomia.