O voo sem destino
O colibri de delicadas asas,
Ele, maroto na janela,
Fez-me graça...
Mostrando-me que a vida nefasta
não pertence aos que sabem amar.
O bem-te-vi e seu repetido canto,
Guiou-me a um certo caminho,
quando me perdi do trilho,
Estando triste a desatinar.
O jaçana sobrevoando açudes
desse Brasil tão repleto de beleza,
Coloriu seu bico amarelo,
Diante das águas em espetáculo
pérpetuo da natureza a se alimentar.
Aprendi a lição com os pássaros
Em seus cantos líricos,
Lembrando-me de quão áptero,
muitos tem sido...
Pássaros antigos com
seus dons adormecidos...
Sobrevoei diversos caminhos
Visualei horizontes jamais vistos
Vivi e revivi sentimentos lindos
Compartilhei o alimento no seus íntimo
Em viagens sem destino...
Nas asas...
Da poesia!
Que sempre me permite voar.