(imagem Google)


                                        Regresso


      Regresso aos meus devaneios estimuladores, aos meandros do sentir poético com todos os seus nuances arrebatadores de tantos corações, inclusive do meu mesmo, soletrar de angústias fartas e algum dissabor de minhas próprias desilusões, acompanhado com a imensa alegria da certeza que não escrevo em vão;

      Regresso aos caminhos dos versos, enamorado com as rimas, poesia é o meu pão, o que me liberta nas trilhas doídas, alimento de minha pensante alma, trago nas malas minha inspiração;

      Regresso saudoso e não contido, senti a falta, doeu meu coração, foi a vazia angústia amarga, de um total silêncio, sem palavras escritas, imaginação adormecida, desconexão, incoerente pensar sem sentido, incongruente recesso sem versificação;

      Regresso, aqui estou de volta, regresso querido à abstração, à retórica em ode aos sentires, ao poetar insano, percebi que escrevo com a alma, se não o faço, sou oco e sem chão;

      Regresso a me juntar com os poetas, amigos que fiz, eternos artistas sãos, às nossas transcendentais descobertas, às divagações desconexas, juntamos letras com o coração;

      Regresso, aos meus devaneios estimuladores, aos caminhos dos versos, regresso saudoso e não contido, aqui estou de volta, a me juntar com os poetas, definitivamente, regresso.


O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 01/03/2010
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T2113218
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.