Alívio Saboroso

Estou nas cercanias do equilíbrio.

Isso é um saboroso alívio.

A pior coisa do mundo,

É conhecer o fundo

Da tristeza,

O vazio da represa...

A gente se sente pequeno,

Perigosamente indefeso.

Perde-se o sabor

E a cor...

Quando a gente começa a voltar,

Quando o dia começa a raiar,

E a gente sente o sol no rosto,

Um agradecimento percorre o corpo.

Surge a obrigatoriedade de elaborar

E, principalmente, materializar

Um bom viver,

Propício ao crescer.

Dá vontade de saborear a vida,

De ignorar toda e qualquer intriga,

Mutam-se os valores,

Ampliam-se os sensores...

Para melhor captar

A harmonia circular,

A melodia milenar,

A gente se sente parte do ar...

E quer conversar,

Quer participar!

Aparece uma disposição,

Capaz de fertilizar qualquer chão.

Tudo fica mais fácil.

O mundo fica mais ágil,

Mais amigável,

Bem mais agradável.

Surge o ímpeto de, profundamente, respirar...

De, espontaneamente, comungar,

De se irmanar,

De nada desejar!

Não se pode mais perder qualquer instante.

Tudo é importante...

Nada é discordante.

Só a afeição é relevante!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/02/2010
Reeditado em 27/02/2010
Código do texto: T2110029