Um pássaro faceiro canta na minha janela

Chega, se instala, come e   fica a me  fitar

Seu canto me adormece e também me alegra

Como se soubesse que trago no peito, a solidão.

 

Fico  a contemplar sua dança, esqueço da vida

Acho que espera ou se mostra para sua amada

Mas o vejo sempre sozinho, em busca do alpiste

Que coloco do lado de fora para  lhe matar a fome.

 

 Solitário   fica na janela  a espera de quem ama,

Provavelmente, lhe falte uma esposa e um ninh

Sinto  vontade de lhe dá um berço esplêndido

Mas não ouso,  tirar sua liberdade,  cortar as asas.

 

Provavelmente, preso, seu canto perderia a razão

Não  teria a mesma alegria e a tristeza o mataria

Definharia  e a morte, castigo de quem vive, chegara

E eu, com certeza, perderia o amigo e o  seu canto.

 

Não, não! vem  sempre, espargir sonoridade e alegria

Curtir  sua liberdade  e me encantar com seu canto

E quando triste me encontrar, me faça parar o pranto

Me ofereça seu carinho que em troca lhe darei o meu.


fama

02-08-09

 

fama
Enviado por fama em 21/02/2010
Código do texto: T2099238
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.