Parque da Catacumba
Caminho no verde mato, os prédios fazem a fila, os pés caminhantes em torno da lagoa Rodrigo de Freitas com cisnes e remadores em canoas, apontam ao céu. É imponente o Maciço da Tijuca, o Corcovado com o Cristo Redendor e agradeço!
Ao longe, no mar azul, o sol pousa no Moreno amante, deitado nas areias. A vista do exterior é de amor a Ipanema.
No alto da Catacumba, micos estrelas, atravessam as passagens e alcanço o topo sem dificuldades.
E mesmo entre a solidão das árvores e suas histórias, à Baronesa da Lagoa, os herdeiros, a desocupação da favela...
Hoje formas e esculturas do caminho, a floresta em meio aos pássaros e pios. Retiro as sandálias em respeito os mortos índios. E com os pés descalços chego ao mirante.
Do topo vislumbro sem dificuldades a vista linda e soberba.
E entre a solidão dos pensamentos e a vida, renasce a esperança.
O corpo pede água entre o suor agarrado dos bicos dos seios à blusa.
Encontro à paz com a natureza e respiro o silêncio dos desafios.
Chegar ao cume é também ir além de mim mesma.
Diana Caminha. Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2010.