Dia-a-dia

Dia-a-dia

Nenhum de meus afazeres,

Nada do que faço, diz ou me faz sentir

A plenitude de ser.

Corro então em passos bem largos,

E lá estou, diante de tão bela harmonia.

Harmonia em tons verdes.

É tudo tão claro e calmo.

Mas meu corpo com tais afazeres,

Castiga a mim e a minha alma.

Que às vezes penso em deitar-me na grama e

assistir a tão belos espetáculos.

Pássaros, grandes árvores bailarinas.

Às vezes comparo donas de casa como eu,

como belas bailarinas,

a lavar,

a varrer,

a correr para seus belos filhos atender.

Grandes rodopios e giros em seu dia-a-dia.

Dia-a-dia.

Dias após dias.

Rodopios e giros,

A mesma dança.

Assim as vezes descanso,

Imaginando todas nós mulheres assim!

Diona
Enviado por Diona em 31/01/2010
Código do texto: T2061820
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