Rebeldia

Posso precisar a origem do brilho do meu olhar,

Que acaba de retornar.

Vem de longe, além dos sentimentos.

Lá, onde nascem os argumentos...

O importante é que voltou a calma

Proporcionando a expansão da alma.

Estava recolhida,

Um pouco encolhida,

Assustada com os não acontecimentos

E com a tempestade de aborrecimentos.

Até lembranças enterradas,

Sentiram-se convidadas

A me perturbar,

A me transtornar...

Como se já não houvesse apreensão suficiente,

Dentro da minha tumultuada mente.

Felizmente, consegui recolhê-las a tempo

Antes que se compactassem ao momento.

Afinal, já foram mais que choradas,

Muito mais que reverenciadas.

Não têm direito a qualquer reivindicação

Junto ao coração!

Quando a beleza de tudo

Desanda a ascender o meu mundo,

É que percebo que voltei ao meu lugar,

Cosmicamente privilegiado,

Para um poeta arrebatado,

Junto à imensidão do mar!

Cada volta tem sabor de vitória.

São inúmeras, pontuando minha história.

Algumas peculiares,

Outras espetaculares!

Mas todas apetitosas,

Incontestavelmente honrosas.

Isso é resultado de tudo que me aconteceu,

Exatamente da forma como ocorreu.

Com todas as personagens,

Moldadas em suas respectivas paisagens.

É o produto do aprendizado,

De um peito alucinado.

De uma determinação enorme,

De atingir e conquistar o próprio norte.

De uma inegociável vontade

De contribuir positivamente com a evolução,

Através da interior rebelião,

Que acordará, definitivamente, a humanidade!

O brilho no meu olhar vem da luminosidade

Implícita na simplicidade,

De se adotar a alegria,

Como forma eficaz de rebeldia.

Água pura da fonte,

Encantamento perene no horizonte!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 24/01/2010
Código do texto: T2047686