LIVRE VIVER, LEVE
Livre
Tendenciosamente solto
Envolto em ar
Em algum lugar
Na capacidade de fugir
Sem fingir
Vagando anonimamente
Por lugares vazios
Por espaços ermos
Sem nome, nem sobrenome
Sem preocupações
Sem rastros, sem rostos
Sem vultos
Na fuga, despretensão
Naquela ocasião
Perdido
Talvez Iludido
Com a promessa de mudanças
Vagas lembranças
Na tentativa de desvencilhar o pulso
Prendo-me firme
Alçando os braços, os punhos
Num laço, um nó
Sufocante
Extraindo do âmago
Todo o inflame, o enxame
De novo vôo alçar
O corpo preso
A alma livre
Mesmo que não entenda esta dúbia relação
O espaço oferece o que preciso
Ar
Para respirar
Para inspirar
E assim, imaginar
Que de onde estou
Posso voltar novamente a planar
Onde poderei repetidamente estar
Inalando o gélido ar
Sem hesitar
E desta forma
Habilmente ou predestinadamente
Livre voar