Para Sempre

Eu bem que tentei.

Desprendi um esforço sobre-humano.

Muito me humilhei!

Acreditando que estava exercendo a humildade...

Ledo e medonho engano.

Tudo para me engajar,

Para voltar para o continente, para a sociedade.

Até que começou a me faltar o ar...

Meu coração ameaça parar!

Obviamente de nada adiantou.

Minh’alma mais ainda se molestou.

Interpretei papéis que não me sabiam.

Arranjei trabalhos que não me cabiam...

Não consegui dinheiro!

Arranhei-me por inteiro,

A ponto de gritar e adoecer,

A quase enlouquecer!

De tanto chorar!

Contei com a ajuda de pouquíssimos amigos.

Alguns que poderiam me ajudar, negaram-se!

Outros sem perceber o drama, condenaram-me,

Como se eu tivesse perdido os sentidos.

Mas por baixo de tudo,

Segurando meu mundo,

Estava ela,

Observando-me pela janela...

A me esperar!

Hoje, começando a voltar para casa,

Com ferimentos sérios em ambas as asas,

Ela me acolhe em seu seio.

Massageia minhas costas e peito,

Com seu inconfundível jeito.

Deita-me em seu leito,

Dizendo-me baixinho,

Que é meu verdadeiro ninho!

Que nunca irá me abandonar!

Afirma categoricamente

Que, só juntos, somos possíveis.

Que, unidos somos invencíveis,

Já que nos amamos incondicionalmente.

Pertencemo-nos um ao outro.

Temos um só rosto.

A Poesia e eu temos um casamento perfeito.

Aquele a que todo ser humano tem direito.

Em versos minha vida é voar!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 22/12/2009
Código do texto: T1990264