A ARTE DA POESIA
Às vezes, levo a vida,
Como tem que ser levada,
Sem desespero, sem lamúria,
E, tampouco, com muita luxúria;
Numa simples prosa,
Desvendo a beleza,
Oculta numa rosa;
No seio da felicidade,
Despendo eternamente,
O olhar cândido da seriedade;
Brinco assentando,
As palavras rimando,
Numa estrofe as articulando;
Meu prazer é escrever,
Dentre outros,
Que não me comprometo a lhe dizer;
Sonhava em cantar,
Para viajar pelo mundo,
Conquistando à todos,
Com a arte de se gritar;
Mas não foi a música,
Muito menos a valsa,
Que me despertou,
O doce sabor da salsa,
Com que uso nas palavras!