DA JANELA

Só as palavras de um poema para homenagear aquela criatura,

Que de minha janela contemplo como se fosse uma escultura,

Sem atinar que este pressagio só pode ser um favor Divino,

Que a vida oferece e que chega nesta etapa do meu destino.

Desde então,procuro um antídoto que me penitencie da tortura

De vê-la sempre bela,como se quizesse eternizar minha loucura

Sem o sonho ou a premonição que a ela dissesse que este peregrino

É seu VOYEURS que não quer perder o encanto do visual feminino.

Ainda não me preparei para o dia que chegar estes desenganos

Se terei noutra janela o lenitivo para as ilusões de tantos anos

Ou se ficarei só na saudade daquela impiedosa beleza natural.

Que de longe ocupa meu olhar, fixo à sua tentadora imagem

Fazendo sonhar esquiva mente, no deleite de breve viagem

Ao convívio mais próximo, num encontro casual.

CRPOETA - HOMEM

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 10/12/2009
Código do texto: T1971121