DA JANELA
Só as palavras de um poema para homenagear aquela criatura,
Que de minha janela contemplo como se fosse uma escultura,
Sem atinar que este pressagio só pode ser um favor Divino,
Que a vida oferece e que chega nesta etapa do meu destino.
Desde então,procuro um antídoto que me penitencie da tortura
De vê-la sempre bela,como se quizesse eternizar minha loucura
Sem o sonho ou a premonição que a ela dissesse que este peregrino
É seu VOYEURS que não quer perder o encanto do visual feminino.
Ainda não me preparei para o dia que chegar estes desenganos
Se terei noutra janela o lenitivo para as ilusões de tantos anos
Ou se ficarei só na saudade daquela impiedosa beleza natural.
Que de longe ocupa meu olhar, fixo à sua tentadora imagem
Fazendo sonhar esquiva mente, no deleite de breve viagem
Ao convívio mais próximo, num encontro casual.
CRPOETA - HOMEM