O Rei do riso.

Sob as lonas singelas

Cavalheiros e donzelas,

Viajam por um mundo primoroso,

De sonho quimérico e venturoso.

Um mundo dentro d’outros mundos

Que acolhes os nobres e moribundos,

Esse mundo é o circo! Meus Senhores,

Onde Doutores são miseráveis e miseráveis são Doutores.

Com a face toda pintada e roupa espalhafatosa

És como se num jardim fosses a mais pura rosa,

Tens em suas expressões fulgor que erradia

Fazes despertar ilusões, fazes despertar alegria.

O riso meus amigos é a mais casta expressão

Do amor que gema d’alma e do imo d’um coração,

Histrião, truão, bufão, ou popularmente palhaço,

Bardo, artista, ator, ser humano. Hoje! Escasso...

Ser palhaço, ser rei do riso,

Majestade do improviso,

É a maior dádiva que um ser

Pode do grande Deus receber

Tu és para nós como o alvorecer,

Traz nova esperança em sua candura

Qual água da fonte que és límpida e pura,

E dos mananciais está sempre a pender.

Raio de sol em alva fria,

Personificação da alegria,

Filho de todas as cidades,

Passaste e deixaste saudades...

William Gonçalves dos Santos
Enviado por William Gonçalves dos Santos em 10/12/2009
Reeditado em 10/12/2009
Código do texto: T1970972