Jardineiro
Depois que você pega o hábito de zelar
Pelo interior jardim,
Isso se torna um prazer sem fim,
Difícil de comparar ou igualar...
Revirar o solo da alma com a pá da sinceridade,
Adubar a terra com sensibilidade,
Plantar sementes de poesia,
Aguar com harmonia...
Esperar brotar,
Com o incentivo da luz solar,
Cada galho um verso,
Um universo impresso...
Incrementar com arte,
Aquela específica, que lhe cabe.
Música adequada,
Inspirando a passarada...
Respirar profundamente,
Expulsando o lixo da mente.
Dar boas risadas,
Das próprias trapalhadas...
Fazer questão absoluta,
Da companhia da alegria.
Ela corrige a postura
E atrai empatia...
Quando o botão aparecer,
Anunciando o florescer,
É chegado o momento de escrever,
Para, finalmente oferecer...
Compartilhar a dádiva,
Com as palmas ávidas...
Com quem se interessar,
Por esse sincero despertar...
Repleto de contravenções,
De contradições,
De contrações,
De convulsões...
Com todas as suas conclusões
E suas claras boas intenções.
Mas, repleto de inacreditáveis sensações,
De inesquecíveis emoções!