forró pé de serra
o teto todo forrado
o forro meio mofado
mas tava teno forró
o zabumbeiro bumbava
triang’lo acompanhava
t-lin, t-lin, t-lin-dó
mulata bela suspensa
por um dos nêgo fujão
cantava iguá rouxinó
a véia c’o a sua insolênça
partindo pra’zaração
dançava inté num pé só
dentro da noite se entrava
a lua alumiava
tornava o dia maió
o Severino sem dente
falava bem sorridente
todo um poema di cor
coruja tudo olhava
parece que duvidava
di alegria mió
foi quando o galo cantou
e o fim da noite chegou
e se acabou o forró
Maricá, 18/11/2009