Adeus! Adeus! Adeus!

Adeus!

Amanhã é o último dia!

Vou esvaziar as gavetas

recolher pertences meus.

A mesa se livrará finalmente

das pilhas

de papéis empoeirados

e exporá o tampo reluzente.

Lançarei um último olhar

sobre a Baía de Guanabara

da janela da minha sala.

Adeus Ponte! Adeus mar!

Os passarinhos ainda virão

cantar no peitoril batido de sol

ignorando o condicionador de ar

como fazem verão após verão.

Mas eu não estarei mais aqui.

E deles só me lembrarei

por esta poesia que escrevi.

Adeus! Adeus! Adeus!

(05-11-2009)