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O TEMPO ENTRE OS DEDOS

Havia um tempo
que eu queria tão pouco
esse tão pouco 
era que me deixava louco.
Hoje eu nada quero
e da vida nada espero
Aproveito fazendo
dos rabiscos lero lero.
Não mais criança
leio ditado dos tempos idos.
Os ociosos no fim da vida
sentirão grande remorso 
por todos os tempos perdidos.
Já não mais tão criança
no recanto os deito,
e no berço dos rabiscos
eu deito e rolo,
sabendo que ,
que mesmo liberto
sou escravo da consciência.
O tempo passou
e não voltará jamais,
sem tempo ter
para o tempo dizer
que isso não se faz.
O que eu queria era tão pouco
e por ser tão pouco
vi entre os dedos
tudo se esvair.
Acabei aprendendo
talvez o que fosse segredos
O tempo você
não consegue segurar,
por mais que tente
ele haverá de sempre
te escapar.
 
Rs t....
Rio das Ostras 21 de Outubro de 2009  14:21 hs