A ESPERA

(Sócrates Di Lima)

Basilissa, na ardência lírica dos meus sonhos,

A realidade me acompanha.,

Não permito a solidão me acompanhar,

Nem a saudade ser mais do que deve ser.

Busco apoio nas estrelas,

Porque elas me ouvem e me sussurram,

Busco dialogar com meu coração,

Porque ele é a minha visão,

às vezes a insanidade dos meus desejos,

Me faz permanentemente atento,

É o que desejo,

E por isto me refaço a todo tempo.

Se o meu corpo cansado,

Faz minha mente adormecer,

Surge na escuridão do meu quarto,

Um intenso prazer,

O prazer de ter,

Você no meu pensamento.

E se eu a busco com minhas palavras,

Melhor ainda, buscá-la com meus braços,

Há um desejo além do amor que me embala,

Não permitindo que nada invada meus espaços,

E me afaste de você.

E quando chega as noites com tons melancólicos,

Querendo me trazer agonia,

Meu coração em rebeldia,

Chame pelo seu nome,

E o eco que responde,

Não esconde,

Sua voz vem acalmar minha dispersão.

Ai, eu me lembro dos sonhos dantes,

E neles vejo você me desejando.

Então, nesses sonhos a felicidade me toma,

Quando teus braços contornam meu corpo,

Quando teus beijos loucos me açoitam,

Quando teus lábios marcam minha carne,

Teu cheiro invade minha alma,

Eu me entrego no amor que sinto,

Me dôo por inteiro aos seus encantos,

E não basta a madrugada chegar sorrateira,

Levando-nos ao dia que nos separa,

O que o meu corpo faz não tem dimensão,

É inferior ao sentimento do meu coração,

Que eu a espero todos os dias,

Beijo-a em todos os meus amanheceres,

E ao entardecer, me deito no colo da noite,

Esperando que você venha novamente me abraçar.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/10/2009
Reeditado em 16/08/2010
Código do texto: T1878517
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.